Por astúcia de não sei de quem
Zé de Joca, que era arteiro,
Inventou um tal artificio
Pra ganhar fácil dinheiro.
Sabotou a inocente estátua
De frei Damião milagreiro.
Vinha gente do sertão inteiro,
Buscar o líquido sagrado
Que escorria dos pés do santo
Milagroso e abençoado.
Depois de missa e romaria
Zé de Joca foi flagrado.
Viram do alto do sobrado,
Que fica alí bem em frente,
O sujeito armar um sistema
De irrigação muito eficiente
Era só abastecer a cabeça
E descer pelos pés a corrente.
Deste episódio pra frente
Sumiu o que era caravana,
Zé perdeu o emprego de vigia
Naquela mesma semana.
A estátua: pedra era, pedra é.
E Zé acabou os dias na “cana”.
Geraldo Bernardo
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