Nuvens
negras cobrem o céu
Escondendo
a luz do dia
Um vento
cortante arrepia
E minha
alma, tal qual um papel,
Teme este
tempo tão cruel.
Mas,
acha forças onde não havia
E a
soturna aura desafia.
Com meu
verso engatilhado,
Apesar
do céu nublado
Vou à
rua declamar poesia.
Ando por
avenidas e vielas
E observo
o medo exposto
Nas feições,
em cada rosto,
Com as
futuras sequelas
Como o
fim das aquarelas
Que coloriam
o nosso dia.
Cores de
paz, luz e alegria
Por este
tempo ameaçado.
Apesar
do céu nublado
Vou à
rua declamar poesia.
Sei
que a tormenta ameaça
Com um
universo caótico
E seu
universo exótico,
Ranzinza,
velho e reaça,
Sem ternura
e sem graça,
Que arrotando
valentia
Só praticam
covardia
Contra
o povo explorado.
Apesar
do céu nublado
Vou à
rua declamar poesia.
Quero ouvir
o galo cantar
E trazer
a felicidade.
Que venha
com a claridade
Para o
coturno afastar.
O que
já foi bom resgatar
E
fomentar nossa alegria,
Com dignidade
e alforria
E
todo ser respeitado.
Apesar
do céu nublado
Vou à
rua declamar poesia.
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