Poesias, crônicas, contos e dramaturgia escritas por: Geraldo Bernardo, tendo como cenário o sertão, seus personagens e mitos.


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APESAR DO CÉU NUBLADO.

Escrito por : Geraldo Bernardo em domingo, 7 de outubro de 2018 | 1:35 PM




Nuvens negras cobrem o céu
Escondendo a luz do dia
Um vento cortante arrepia
E minha alma, tal qual um papel,
Teme este tempo tão cruel.
Mas, acha forças onde não havia
E a soturna aura desafia.
Com meu verso engatilhado,
Apesar do céu nublado
Vou à rua declamar poesia.

Ando por avenidas e vielas
E observo o medo exposto
Nas feições, em cada rosto,
Com as futuras sequelas
Como o fim das aquarelas
Que coloriam o nosso dia.
Cores de paz, luz e alegria
Por este tempo ameaçado.
Apesar do céu nublado
Vou à rua declamar poesia.

Sei que a tormenta ameaça
Com um universo caótico
E seu universo exótico,
Ranzinza, velho e reaça,
Sem ternura e sem graça,
Que arrotando valentia
Só praticam covardia
Contra o povo explorado.
Apesar do céu nublado
Vou à rua declamar poesia.

Quero ouvir o galo cantar
E trazer a felicidade.
Que venha com a claridade
Para o coturno afastar.
O que já foi bom resgatar
E fomentar nossa alegria,
Com dignidade e alforria
E todo ser respeitado.
Apesar do céu nublado
Vou à rua declamar poesia.



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