CAMINHAR.
É
domingo de agosto
em
silêncio irrompe o dia.
Mesmo
com disenteria
resolvi
sair disposto
a
fazer o que me foi proposto
num
sonho doido de poeta.
Que
devo cumprir a meta:
de
nesta vida construir
uma pirâmide,
e, evoluir
a
patente de profeta.
Percebo
ao andar pelas ruas
descuido
e consumismo.
Não espalho
pessimismo,
mas, as
gentes andam nuas
de
afeto; de feições cruas
e sem
solidariedade.
Prevejo
orfandade,
e a
tudo isto vou resistir,
as
intempéries repelir,
com minha
poeticidade
Dos sons
que vou escutando
alguns
me chamam a atenção:
o ganido
longo do cão
na rua
vai se alastrando;
numa
masmorra piando
o pássaro
prisioneiro;
um
carro passa ligeiro
com
engrenagens rangendo.
ainda ouço
um casal gemendo
num
gozo verdadeiro.
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