BOM DIA.
Sendo pedra sei contar
o tempo pelo sentir
pelo ver e pelo ouvir.
No ato de me separar,
durante meu resvalar
só sentia que doía
cada lasca que caía
em volta do tabuleiro.
- Mas, que destino traiçoeiro!
Era só o que eu dizia.
Quando parei de sangrar
do pó que na pedra tem
eu vi que era pó também.
Vi que aquele meu penar
servira para eu enxergar
que choro sem atitude
só prejudica a saúde.
E quando a poeira baixou
algo aqui em mim despertou
e viver de novo eu pude.
As lascas do resvalar
metades do que eu fui.
Como tudo aqui rui,
eu tinha que me moldar
pra missão continuar.
O que eu deixei para trás
de outra vida é capaz
sem ter a tutela minha.
Acabou a dor e a morrinha
agora sou quero a paz.
Texto e imagem: Geraldo Bernardo
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