Mote:
Todo pau que é mandado
vive do gozo dos
outros.
Há
quem tenha muita modéstia,
pessoas
assim... Já desconfio.
Cedo
aprendi com meu tio:
um
só dente faz mal a réstia;
“Bom
ar” não desfaz moléstia;
riso
é disfarce de escrotos;
Viver
livre, leve e solto
pode,
quem não é encangado.
Todo
pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
Vejo
uns e outros cheios de inveja
com
o modo como eu vivo.
Ora!
Se ao meu chefe sirvo,
Ilações
sobre mim sobeja,
há
atrevido que veja
algum
motivo maroto;
Safado
de ânus roto,
invejoso
e mal amado.
Nem
todo pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
Ele
se proclama assessor
de
um poderoso qualquer
faz
até papel de mulher.
Defende-o
com todo amor,
com
carinho e com fervor
que
se chutar de um, o escroto,
quebra
todos dentes do outro.
És
um felador safado.
Todo pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
Todo
sujeito azedo
tem
inveja do sucesso
de
quem vive o progresso.
Quem
é assim vive o medo,
até
de si tem segredo.
É
tal qual rato no esgoto.
Fica
preso no goto
todo
seu palavreado.
Nem todo
pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
Sempre
vivi de meu suor,
na
labuta todo dia.
Sinto
até certa agonia
com
mofino de marca maior,
que
não prega um prego só,
quem
vive é assim é o capiroto,
rastejando
no esgoto,
pelo
mal é dominado.
Todo
pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
Não
precisei de escola
pra
que aprendesse viver.
Também
não sei o que é sofrer
só
labutei atrás de bola,
suar
comigo não cola,
sou
assim desde garoto.
Só
quero dengo de broto
e
assessorar deputado.
Nem todo
pau que é mandado
vive do gozo dos outros.
Este
indivíduo sem classe
num
passa de um reles babão
destes
o mundo tem de montão.
De
nada vale seu passe,
era
melhor que se calasse,
sua
voz parece arroto,
fedida
tal qual esgoto
boca
de bueiro estourado
Todo
pau que é mandado
vive
do gozo dos outros.
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