Um
português procurava
emprego
pelo sertão.
Como
não tinha profissão
o
trabalho não importava,
qualquer
função pegava.
Foi
então que um fazendeiro
dono
de gado leiteiro,
ajustou
para ele ordenhar
e
fazer tudo pra ajudar
nas
funções do vaqueiro.
-
Amanhã chegue cedinho,
com a
barra do amanhecer,
limitou-se
o patrão a dizer.
Deu-lhe
um balde e um banquinho
e disse:
- Vá nesse caminho
que vai
bater no curral.
Chegue
e diga a Genival
que você
cuida sozinho.
A volta
é o mesmo caminho.
Solte o
gado do curral.
Acontece
que o camarada
não sabia
o que era ordenhar
e teve
medo de falar.
No outro,
deu sete horas e nada.
Sinhá
Rosa já meio agoniada.
Meio
dia e nada de leite,
disse Sinhá:
- Olhe você ajeite
um jeito
pra sua coalhada.
Pra
mais de cinco da tarde
ele surgiu
fedendo a inhaca,
cheio
de bosta de vaca.
Na casa
foi aquele alarde,
o patrão
dizia: - Covarde!
era só
dizer que não sabia,
tinha evitado
essa agonia.
Foi
pior ainda ele quando viu
o balde,
raso, quase vazio.
Tentando
explicar dizia:
- Achei
fácil tirar leite
com muito
jeito escorregar
bem leve
no apertar.
Se a
vaca prende o leite
não tem
mais homem que ajeite.
Difícil
é um cabra sozinho,
não tem
força nem jeitinho
para fazer
a vaca sentar
e
equilibrada ficar
em riba
deste banquinho.
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