Vi o sol nascer e pela estrada seguia
Cheguei a cidade de São Mamede
Lá fiz como o figurino pede:
Fotografei, sorri e declamei poesia.
Quando parti era pra mais de meio dia.
Almocei “rubacão” e o assado foi cupim
Olhando o Quipauá e uma moita de capim,
Confiante, pois, estava no Seridó
Ou Sabugi, sabia que não estava só;
Não sou má pessoa e Deus gosta de mim.
Passei tarde e noite maravilhosa
Bem hospedado e tive boa refeição.
A noite festa em homenagem ao Biscoitão,
Praça cheia, poeta tirando glosa,
Gente alegre, matutos e boa prosa.
Vi jovens, bocas rubras de carmim,
Declamei e teve até aplausos pra mim.
Obrigado à Veneza Paraibana.
Isto prova que a verdade não engana,
Não sou má pessoa e Deus gosta de mim.
Matei a sede em Junco do Seridó
Continuei confiante pelo caminho
Meu destino era a urbe de Juazeirinho
Lá andei a feira até cansar o mocotó
Faminto, suado, me sentia só o pó
Quando a neopentecostal olhou pra mim
Cheia de preconceito falou-me assim:
- Nesta casa só adoramos ao Senhor.
Esbarrei e aplaquei em mim a raiva e o furor.
Não sou má pessoa e Deus gosta de mim.
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