Ela não sabe se me olha nos olhos ou baixa a
vista. Indecisão besta.
Então eu olho firme, com cara de mal, para
ela se ligar quem manda nesta relação:
- Qual é o seu lugar?! Pergunto em voz alta.
Independente de estar na presença até do Papa.
Muda, ela recolhe-se ao seu cubículo.
E assim é que tem que ser. Esse negócio de
conversa amena, tem isso comigo não. Eu mando ela obedece, é a lei natural.
Deus criou o mundo assim, qualquer coisa, reclamem lá com Ele.
Ela sabe o lugar dela na nossa relação, não
reclama e, além disso, ela sabe que além de respeitar ela deve me agradar, as
vezes é até chato:
- Feche essas pernas... Já tive que dizer
várias.
Será tão difícil para ela compreender que
estou cansado. Que não tenho tempo para desfrutar o prazer de algum carinho?
Certas vezes fica com aquele olhar pidão.
Finjo que nem é comigo. Não gosto de ficar dando atenção toda hora, vicia.
“Naqueles dias” fica só deitada, acho que as
cólicas que a derruba. Passo perto dela e só consigo um fiapo esgueirado de
olhar. Um fungado curto, como se quisesse dizer: - chato!
Quando ela está quieta, sem querer dengo,
então me aproveito, faço todos os agrados, chamo até pelo nome.
De uma coisa tenho certeza, sou quase um
Deus para ela. E, quanto mais ela se agarra em mim, vindo cheia de fungados, de
carinhos, mais, sinto uma vontade quase sádica de perguntar-lhe, com gritos de
feitor.
- Qual é o seu lugar?! - E vê-la
desconfiada, cabisbaixa indo esconder-se em seu cubículo. É uma cena que me
enche de poder.
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